ONU tem o objetivo de reduzir a zero a emissão de Carbono no Transporte Marítimo
Os países-membros da agência da ONU reunidos em Londres em julho deste ano na sede da IMO (Organização Marítima Internacional), om o objetivo de propor uma nova estratégia contra a emissão de gases-estufa para o setor comercial marítimo.
Os países chegaram a um consentimento para zerar as emissões de gases líquidas do setor até 2050. A decisão será formalizada em plenária, representando um grande avanço em relação ao compromisso anterior, que previa apenas uma redução de 50% das emissões até 2050.
Durante as negociações, houve uma divergência em relação ao prazo de 2050, o que resultou em discussões que se prolongaram até altas horas da madrugada. Pois conforme o Acordo Climático de Paris que concede aos países a flexibilidade para estabelecerem suas próprias metas de redução de emissões de gases de efeito estufa, o que levou algumas nações a definir 2050 como a data limite para zerar suas emissões, como o Brasil. Em contrapartida, a China estabeleceu o prazo de 2060.
Ao menos, 20%, com um esforço adicional para alcançar 30% até 2030. Para 2040, a redução deverá variar entre 70% e 80%. A meta de descarbonização é flexível, com o objetivo dependendo das condições domésticas de cada nação. Com base nisso, estabeleceu-se a meta de zero emissões líquidas em torno de 2050.
Nesse contexto, a China, com o apoio do Brasil e outras nações em desenvolvimento, propôs que os incentivos fossem estabelecidos de acordo com o padrão de combustível. Essa classificação é de A a E, semelhante à classificação de eficiência energética dos eletrodomésticos brasileiros.
Embarcações que utilizam combustíveis de classificação mais elevada (A e B) receberão incentivos, enquanto as de classificação inferior (D e E) serão submetidas a uma taxa, a qual financiará programas de transferência tecnológica para países em desenvolvimento.
Até o início de 2025, o estudo deverá ficar concluído. Após a finalização, os países terão seis meses para analisar os impactos e escolher um dos mecanismos de precificação de carbono. A implementação deve começar em 2027.
Fonte: Folha de São Paulo
